domingo, 29 de março de 2009

Francisco du Bocage- França ( ? )

Foi o mais importante nome da fotografia pernambucana na virada do século XIX. n o Brasil passou a atuar como fotógrafo em Recife. Buscava sempre manter o alto padrão estético de seu trabalho, a ponto de se auto-intitular "photographo-artista" no carimbo seco aposto às suas imagens. Seu nome aparece pela primeira vez na imprensa recifense em 1892.
A Bocage se deve importante coleção de vistas urbanas e dos arredores do Recife, vistas essas que deram origem a uma série de cartões-postais. Tudo indica que tenha sido contratado pela administração municipal para a documentação das obras do porto do Recife. Incluem-se neste conjunto aspectos de demolições e vistas dos cais Martins de Barros, entre outras obtidas em chapas de vidro de formato panorâmico aproximado de 7,5 cm x 24 cm.

Cais Martins de Barros”, Recife,c.1910
Fotografia atribuída a F.du Bocage.
Reprodução de uma cópia do negativo original

Demolições no bairro do Recife. Recife, c,1910
Fotografia atribuída a F.du Bocage.
Reprodução de uma cópia do negativo original.
Coleção Secretaria de Educação e Cultura do Município do Recife.





Carioca, do Rio de Janeiro, é um dos pioneiros da fotografia no Brasil. Estudou em Paris (1859) e voltou ao Rio onde trabalhou com o gravador e litógrafo com George Leuzinger. Aprendeu a fotografar com o engenheiro e botânico Franz Keller e fundou sua própria firma, a Marc Ferrez & Cia (1864). Integrante de uma expedição científica da Comissão Geológica do Império do Brasil, quando fotografou pela primeira vez, em plena selva, os índios botocudos (1875). Participou de várias exposições internacionais e teve algumas obras premiadas.
Retratou cenas dos períodos do Império e início da República, entre 1865 e 1918, sendo que seu trabalho é um dos mais importantes legados visuais daquelas épocas. Recebeu D.Pedro II o grau de Cavaleiro da Ordem da Rosa (1885) por ter sido professor de fotografia da princesa Isabel e, por seu trabalho artístico Marc Ferrez foi o único profissional de fotografia que recebeu o título de "Photographo da Marinha Imperial", em 1880.
Suas obras mostram o cotidiano brasileiro na segunda metade do século XIX, principalmente da cidade do Rio de Janeiro, capital brasileira na época. As fotos da floresta da Tijuca, da praia de Botafogo, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, da ilha das Cobras, focadas nas imagens urbanas de uma cidade que começava a se expandir, num período anterior à reurbanização empreendida pelo prefeito Francisco Pereira Passos, no início do século XX.



Tijuca, Rio de Janeiro 1900



Bilhetes postais da casa Marc Ferrez 1906 e 1900





Cedula de 100 mil reis do tesouro nacional 1907



Av. Central Rio de janeiro 1910

BIBLIOGRAFIA


· Fotografia do Século XX, Taschen, Museum Ludwig de Colônia, 2005.
· Dubois,Philippe., O ato fotográfico, 8a Ed, Ed, Papirus, 2004.
· Kossoy, B., Fotografia e história, 2ª Ed.,Ateliê Ed.,2001.
· Kossoy, B., origens e expansão da fotografia no Brasil, sec XIX, RJ, FUNARTE, 1980.
· http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_du_Bocage
· Brascan – Cem anos no Brasil, http//acervos.ims.uol.com.br
· Ferrez, Marc., Ed. Cosac& Naify,2002

. Strickland , Carol- Arte Comentada, Rio de Janeiro, Ediouro,7ª Ed,2002.

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